Sílvia Chueire. Por favor, um blues. Cosmorama.
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Os verdadeiros poetas lidam com as palavras como se fossem
contas ou peças de mosaico, como quem faz colares e quadros de uma variedade
quase mágica de combinações. E o bom
leitor de poesia, vamos reconhecer, é um camaleão que mimetiza a beleza onde
ela se encontra e embarca em asas alheias.
Poderosamente livres, as imagens e a música bem
características de Sílvia são capazes de levar mais longe do que as palavras
sugerem. Sem perder o domínio de seu instrumento, a autora oferece um conjunto
harmonioso de poemas onde aqui e ali um verso cintila e surpreende, iluminando
uma nova face de existência, um novo sentido que se abre ao leitor. O que à
primeira vista pode parecer identificação, é na verdade a visão concreta de uma
experiência que se comunica poeticamente na linguagem reinventada, não raro
cheia de vida e emoção, dos poemas de Sílvia Chueire.
2 comentários:
Dade,
Não conheço a autora, mas gostei dessa visão da relação poeta/leitores.
Um bom domingo!
Obrigada, caro AC!
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